O grande filme do Pequeno Príncipe

O Pequeno Príncipe é cheio de grandes histórias e pequenos planetas. Confesso que nunca tinha lido o livro, ou se li não lembrava. Mas o filme me trouxe imensas reflexões. Me despertou vários debates mentais.

Na sala do cinema os papeis dos espectadores se inverteram. Crianças faziam perguntas, indagavam: procurar o que, um poço? Eles comentavam os fatos que iam se desenrolando.

Os adultos diferentes das crianças, choravam. Mas não era drama que passava na parede do cinema. O fato era que alguns descobriam que não eram mais crianças. ” Não tem nem um problema em ser adulto, você só não pode esquecer”. Esse é um dos insights que o filme nos revela.

Fortes ensinamentos pode se tirar de uma estória que… apenas parece ser infantil. Outro dia ouvi uma pensadora usar o cinema em uma de suas metáforas, e achei muito interessante. Dezenas de vezes fomos ao cinema e nunca nos damos conta de onde realmente está o foco da imagem. Nós só vemos o reflexo, aquilo que está a nossa frente, exposta na parede. E muitas vezes fazemos isso com nossas vidas, olhamos o reflexo na parede como se fosse o essencial, não analisamos que a imagem real está vindo do projetor. Olhamos para o lado errado, enquanto a luz que sai lá do fundo é a real, e a que precisamos ver para realmente viver.

O Pequeno Príncipe nos faz despertar para esse outro lado. Paramos para analisar com outro olhar, os outros mundos ao redor.

Detectamos que vivemos robotizados, alienados, e de como embarcamos em uma nave onde não somos os pilotos, onde não existem espaço para o acaso, onde não há lugar para quebras de rotinas maçantes. Somos levados pela rigidez dos compromissos estabelecidos, descompromissados com nós mesmos.

É nessa hora que paramos assistindo a película. Somente uma pergunta vem: em que mundo vou ficar? No meu próprio ou em um que mais parece um rio, onde vou jogado pela corrente?

Em O Pequeno Príncipe você pode refletir sobre isso, ou até mesmo, com mais sorte, descobrir qual é o seu mundo!

Fotos: Divulgação

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